A inovação constante na era da transformação digital e da Indústria 4.0 exige cada vez mais tecnologia e agilidade no mercado. A criação de um gerenciamento de TI fácil e processos eficientes de desenvolvimento de software e aplicativos têm uma demanda maior. Low-code existe para satisfazer essa demanda.
O que é o low-code?
A dinâmica do mercado depende de empresas que consigam se adaptar rapidamente e satisfazer as necessidades de seus clientes. Para fazer isso dentro da TI, as empresas escolhem as LCPD (Low-Code Development Platform).
Os programadores têm acesso a uma plataforma gráfica mais prática e visual, para que se possa usar os sistemas com mais rapidez e facilidade. Por exemplo, os modelos são predefinidos com uma interface “arrastar e soltar”.
Para simplificar, é possível dizer que low-code é como Lego para programação. Peças digitais pré-montadas podem ser movidas e unidas para que os usuários possam obter um resultado personalizado.
As plataformas de low-code permitem uma redução de tempo e esforço gasto em programação e codificação. Elas requerem menor conhecimento técnico quando comparado à programação tradicional.
O Gartner prevê que 65% de todo o desenvolvimento de aplicações será feito com low-code até 2024 e que 66% das grandes empresas usarão pelo menos quatro plataformas diferentes de construção de sistemas com low-code.
A criação do low-code
Desde o final dos anos 90, o desenvolvimento low-code vem sendo estudado com o objetivo de possibilitar a criação de aplicações sem a necessidade de um conhecimento profundo de programação.
Em 2014, esse termo foi usado pela primeira vez por um analista consultor da Forrester Research, sendo aplicado para identificar as plataformas que possuem uma Interface Gráfica de Usuário.
Diferenças entre desenvolvimento de software tradicional e low-code
No desenvolvimento de software tradicional, os programadores escrevem código para construir um aplicativo do zero. O processo pode ser demorado e requer conhecimento técnico e infraestrutura de TI cara. Também coloca o ônus do desenvolvimento de aplicativos exclusivamente nos ombros do departamento de TI.
A boa notícia é que, no low-code, enquanto os usuários corporativos criam e implantam aplicativos rapidamente usando ferramentas visuais, os profissionais com experiência em desenvolvimento podem injetar código quando necessário para estender seus aplicativos.
O low-code reduz o processo de desenvolvimento de aplicações, permitindo que os desenvolvedores trabalhem de maneira mais inteligente e implantem projetos de missão crítica mais rapidamente. E como as plataformas são baseadas em nuvem, o desenvolvimento pode começar imediatamente, sem a necessidade de adquirir infraestrutura de TI adicional.
Low-code X no-code
Tanto o low-code quanto o no-code têm o objetivo de permitir a criação simplificada de sistemas sem depender da complexidade da programação tradicional com linhas de código. No entanto, enquanto o low-code possui uma estrutura modular básica previamente criada pelos programadores, o no-code requer um trabalho mínimo de codificação.
Por ser uma ferramenta simples e com recursos limitados, o no-code é ideal para aplicações de pequena escala, que possuem menos funções ou não são tão complexas.
Já o low-code garante a criação de sistemas mais complexos e sofisticados. Em outras palavras, para projetos ou negócios maiores, o low-code permite:
- Integração com outros softwares e sistemas da empresa;
- Mais personalização e acesso a recursos por meio de APIs (Application Programming Interface)
- Interfaces escaláveis;
- Mais flexibilidade para computação em nuvem;
- Uso de serviços inteligentes como Inteligência Artificial, machine learning e blockchain, entre outros.
Os recursos de uma plataforma de low-code
As plataformas low-code oferecem muitos benefícios graças aos seus recursos inerentes:
- Interfaces simples: as interfaces são fáceis de usar, como arrastar e soltar, que precisam de pouca codificação para funcionar. Sintaxes de tecnologia não são necessárias;
- Bibliotecas: pré-compiladas, elas são montadas a partir de diferentes bancos de dados;
- Modelagem visual: utilizam métodos de design gráfico que são aplicados antes da implementação do software para permitir a compreensão por quem não tem formação técnica. O layout e a usabilidade são aprimorados para a melhor experiência do usuário;
- Implantação de um clique: Possibilidade de implementar automações com uma única etapa ou clique.
11 vantagens do low-code
Os CIOs (como todo mundo) estão acostumados a seguir certas estratégias e técnicas. Sugerir mudar completamente essas estratégias e adotar o desenvolvimento em low-code é uma grande disrupção.
As preocupações incluem segurança da informação, entrega no prazo, despesas e muito mais. Manter os padrões e garantir a satisfação dos colaboradores também estão na lista. É preciso sentir mais segurança e conhecer todos os benefícios do low-code vai ajudar:
- Agilidade: com a simplificação da codificação manual é possível entregar aplicativos e software em menos tempo. Como resultado, as plataformas seguem a metodologias de desenvolvimento ágil como Scrum e Extreme Programming, tornando o gerenciamento de projetos de TI mais rápido.
- Flexibilidade: uma plataforma modular permite mudanças de código mais flexíveis. Ela pode remover ou substituir rapidamente o que estiver obsoleto ou não atender às necessidades atuais da empresa.
- Redução de custos: em TI, as plataformas de low-code permitem o recrutamento e a manutenção de apenas alguns profissionais altamente qualificados que podem se concentrar em soluções mais complexas. Essa equipe não será constantemente interrompida para realizar nenhuma das demandas de codificação da empresa.
- Menos treinamento necessário: como a programação é mais simples, os colaboradores não precisam de treinamento extensivo para se manterem atualizados com a tecnologia mais recente (o que acontece o tempo todo quando se trata de tecnologia).
- Soluções mais criativas: com low-code, pessoas de diferentes departamentos podem testar facilmente suas próprias ideias com a ajuda mínima de um desenvolvedor. As equipes têm independência para fazer seus próprios protótipos e testar possíveis soluções para seus problemas diários.
- Segurança: processos de segurança confiáveis já estão integrados na codificação inicial dos módulos.
- Risco mínimo e maior retorno sobre o investimento (ROI): as plataformas são facilmente personalizadas e fornecem recursos integrados para consolidação de dados. Como resultado, desenvolvedores e os CIOs podem se concentrar nas principais tarefas do negócio, em vez de dedicar tempo e esforço para identificar problemas técnicos. O investimento, então, garante maior retorno financeiro.
- Maior produtividade: as equipes de TI podem usar um modelo gráfico predefinido, o que ajuda a economizar tempo e aumenta a produtividade.
- Escalabilidade: as plataformas permitem a integração de diferentes funcionalidades, o que possibilita a criação de soluções para empresas com estruturas mais complexas.
- Implantação rápida: o desenvolvimento fácil torna a implementação do sistema mais rápida. Os ajustes após o lançamento podem ser realizados de maneira fácil e sem dores de cabeça.
- Foco no cliente e nos objetivos do negócio: é mais fácil atender clientes ou usuários da plataforma com suas necessidades e interesses. Uma plataforma de low-code resolve naturalmente os desafios de TI como escalabilidade da solução, segurança da informação e implantação rápida, entre outros.
A plataforma certa na hora exata
Selecionar a ferramenta correta para o trabalho certo pode ser difícil, especialmente porque a solução deve se adequar aos objetivos comerciais e técnicos da empresa. Os líderes do projeto terão que se fazer algumas perguntas fundamentais:
Quais os objetivos com uma plataforma de low-code?;
Como ela vai ajudar a aumentar a maturidade digital?;
Existem custos ocultos?;
Será preciso atualizar a infraestrutura para adotar os processos de desenvolvimento?.
Alguns requisitos fundamentais que precisam de atenção:
- Capacidade de atender aos objetivos de negócios imediatos com recursos prontos para uso;
- Alinhamento com o mercado de usuários, kits de ferramentas e aceleradores para desenvolvimento;
- Compatibilidade com todos os navegadores e uso em dispositivos móveis;
- Capacidade de oferecer suporte a recursos e integrações desejados;
- Acesso a treinamentos;
- Engajamento da comunidade de usuários.
Como escolher a melhor plataforma low-code?
Segundo a Forrester, 3 fatores devem ser avaliados:
1- Diferentes padrões de desenvolvimento: a automação é uma aposta popular entre empresas que querem eficiência e produtividade nos processos corporativos. Ao escolher a melhor plataforma de low-code, é necessário avaliar se a tecnologia é adequada para todos os tipos de projetos que surgirem, desde os mais simples até os mais complexos.
2- Ferramentas adequadas para diferentes públicos-alvo: as plataformas de low-code devem atender aos diferentes tipos de colaboradores que irão utilizá-la, desde os mais experientes até profissionais novatos. Na hora de escolher a melhor tecnologia, é necessário analisar os perfis dos colaboradores para escolher um produto adequado para cada um deles. A boa notícia é que os fornecedores estão investindo ativamente para abordar novos perfis de desenvolvedores nas melhorias de suas plataformas.
3- Requisitos específicos de infraestrutura, arquitetura e processo de desenvolvimento: existem vários fornecedores de plataformas low-code além das 14 empresas citadas no relatório da Forrester. Cada uma delas oferece determinado processo de implantação, serviços ligados a outros parceiros, fornecimento virtual de ferramentas de desenvolvimento prontas ou que deverão ser integradas aos sistemas do cliente, entre outros. Antes da assinatura do contrato ou da escolha da tecnologia, é necessário conhecer cada particularidade entre as empresas da concorrência para saber identificar qual delas será a melhor para o seu negócio.
Por que a plataforma de low-code da Mendix é a melhor escolha?
O relatório Forrester Wave comparou as características das principais plataformas de low-code disponíveis atualmente no mercado. Entre os 27 critérios de avaliação utilizado estão:
Oferta atual: Os principais critérios avaliados incluem modelagem de dados e ferramentas de gerenciamento, ferramentas de desenvolvimento de integração e adaptadores, design de processos e manutenção, ferramentas de desenvolvimento e experiência do usuário e ferramentas para desenvolvedores de negócios.
Estratégia: Foram avaliados a visão do produto, o roteiro de inovação, o ecossistema de parceiros, a abordagem de mercado e os planos de melhorias.
Presença no mercado: Os critérios relacionados a este tema avaliaram a receita exclusiva da vendas das plataformas de low-code e número de clientes.
Em relação aos critérios listados acima, a plataforma de low-code da Mendix recebeu nota máxima em grande parte deles, principalmente funcionalidades para dados e integração, experiência do cliente, visão de produto, inovação, planejamento de melhorias e abordagem de mercado.
Supere 5 mitos sobre low-code
Atualmente, as plataformas low-code estão no centro das atenções por vários motivos. E isso inclui a falta de desenvolvedores de software qualificados, as dificuldades de escalabilidade do desenvolvimento tradicional e a necessidade de resolver rapidamente os problemas de negócio trazidos pela transformação digital.
Porém, muitas empresas e profissinais costumam ter ideias erradas sobre esse tipo de desenvolvimento e o seu potencial. Supere, neste post, os 5 mitos mais comuns sobre o low-code.
- Mito 1 – Low-code é usado apenas em citizen developments e em projetos simples. Claro que algumas plataformas de low-code permitem que os usuários de negócios criem aplicações simples. Mas as soluções que suportam a transformação digital não têm esse perfil. Elas têm alta visibilidade em toda a empresa e necessitam de desenvolvimento rápido e integrado aos sistemas de informações corporativos feito por profissionais especializados.
- Mito 2 – Plataformas low-code aceleram a velocidade do desenvolvimento, mas sem qualidade. Vários fatores contribuem para um lançamento de software bem-sucedido. Planejamento abrangente, comprometimento das partes interessadas, boa liderança e processos de desenvolvimento. Tudo isso é igualmente importante para projetos desenvolvidos em plataformas low-code, assim como em um projeto de desenvolvimento tradicional. Com o low-code, você pode acelerar a entrega do software, desde que gerencie bem o projeto. Esse será o segredo para uma entrega com qualidade.
- Mito 3 – Não existe programação personalizada em low-code. As plataformas low-code permitem que você vá além de seus recursos de design visual, para que possa estender facilmente qualquer parte de uma aplicação que seja construída. Os engenheiros de software podem usar o low-code para desenvolver extensões de código reutilizáveis. Aproveitando APIs do cliente e do servidor, os desenvolvedores podem criar, empacotar e distribuir novas funcionalidades, como conectores para serviços externos, aprendizado de máquina e Inteligência Artificial (IA).
- Mito 4- Não há escalabilidade. A maioria das aplicações desenvolvidas com low-code abrange toda a empresa e tem escalabilidade para ser replicada em vários departamentos. O uso de uma plataforma low-code torna mais fácil para as empresas criar aplicações robustas, exclusivas e complexas com mais rapidez do que as ferramentas de desenvolvimento tradicionais.
- Mito 5 – Plataformas low-code não são flexíveis. Sempre há a necessidade de modificar os componentes gerados ou adicionar lógica de integração, garantindo a conformidade com as escolhas arquitetônicas existentes. Não é muito comum que você crie aplicações e as implemente em uma arquitetura totalmente nova devido a opções de plataforma legadas, problemas de produtos existentes e outros problemas de arquitetura. É aqui que os desenvolvedores profissionais ‘brilham’, garantindo que a personalização de aplicações ou a integração possa ser feita de maneira consistente, segura e com escalabilidade.
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