Líderes que querem gerenciar melhor seus projetos e cumprir com os prazos de entrega precisam ter braços para ajudar. A figura do Citizen Developer pode ser a alternativa mais rápida para potencializar o trabalho da TI! 

Uma pesquisa realizada pela Harvard Business Review aponta que 70% dos projetos de TI são entregues fora do prazo. As tarefas que compreendem a TI se entrelaçam de uma forma tão impressionante que se uma única tarefa atrasar, todas as atividades subsequentes também atrasam.

Os motivos que levam a atrasos geralmente estão relacionados a: escopos malfeitos, falta de sinergia entre a equipe, inaplicabilidade de testes (ou aplicação indevida de testes), carência de profissionais, recursos limitados. 

Atrasar as entregas se tornou algo tão frequente na TI, que muitos líderes acreditam que isso é comum e que não existe mais forma de reverter o cenário. Mas será verdade? 

Não! 

Além disso estar longe de ser algo comum e aceitável, os problemas envolvendo atrasos têm solução. E veja bem, a resposta pode estar mais próxima do que se imagina: Citizen Developer! 

O polêmico “Citizen Developer” 

Quem trabalha com programação já deve ter ouvido falar do termo “Citizen Developer”. 

De acordo com o Gartner, o Citizen Developer é “um empregado que cria capacidades de aplicação para o consumo próprio ou de outros, a partir de ferramentas que não são ativamente proibidas por unidades de TI ou business”

Resumindo, um profissional que pode criar ou modificar softwares e aplicações sem entender absolutamente nada de programação. 

Como isso é possível? A partir da tecnologia no-code e low-code!

Ambas as tecnologias simplificam processos operacionais de TI, permitindo que os Citizen Developer (qualquer pessoa ligada à empresa) construam aplicações do zero.

Por exigir pouco ou nenhum conhecimento em programação, a figura do Citizen Developer não costuma ser vista com bons olhos por desenvolvedores e outros especialistas de TI. Isso se deve porque esses profissionais são capazes de gerar soluções digitais de alto nível, e detalhe: não precisam ser formados. 

Ou seja, eles acabam representando uma “ameaça” para quem trabalha diretamente no setor.

Faz sentido temer os Citizen Developer?

Pode ser que, em um primeiro momento, os Citizen Developer pareçam uma ameaça. Entretanto, não há motivos para que os profissionais de TI os vejam como inimigos. Muito pelo contrário. Esses usuários podem se tornar verdadeiros aliados e contribuir em peso para as equipes de TI agilizarem suas operações internas e cumprirem prazos.

Como é exigido pouco ou praticamente nenhum conhecimento em programação, os Citizen Developer podem vir de cargos gerenciais, administrativos e até financeiros. 

Sabe as pessoas que possuem conhecimento de gestão e negócios e que trabalham em outros departamentos da empresa? Elas podem muito bem ser inseridas no time de TI e contribuir com um olhar mais estratégico acerca dos projetos.

Pode-se dizer que os profissionais de TI e os Citizen Developer se complementam — e se complementam muito bem. Ambos os perfis possuem hard skills distintas e valiosas, e a união dessas forças é o que pode potencializar os trabalhos na área de TI e garantir a entrega de soluções de alto valor para as empresas.

Enquanto os Citizen Developer geralmente são pessoas com amplo conhecimento do negócio — podendo ser analistas ou qualquer pessoa que tenha conhecimento do problema a ser resolvido —, os profissionais de TI possuem domínio técnicos em arquitetura de software, entre outros. 

É a combinação perfeita: duas peças que se encaixam. 

A necessidade de unir as forças

Demandas cada vez maiores por transformação, necessidade de melhorar a experiência dos clientes, ameaças à privacidade e segurança de dados, amadurecimento das estratégias, contenção de custos. Esses são os maiores problemas que a TI enfrenta hoje, segundo estudiosos.

Todas essas dinâmicas tem forçando os líderes de TI a reestruturarem suas agendas e listas de prioridades, deixando muitas vezes projetos em standby até que consigam um tempo extra para concluí-los.

Em meio a um cenário competitivo, de transformação constante e avanços tecnológicos em larga escala, as empresas não podem correr o risco de ficar para trás. É necessário mais do que nunca que os líderes e as equipes de TI otimizem seus trabalhos para conseguir dar conta de todas as demandas, satisfazer o cliente e superar os demais problemas enfrentados pelo setor.

A questão é que otimizar os trabalhos e as entregas exige apoio, e se os líderes não encontrarem esses braços, será impossível colocar o trem nos trilhos e fazer as coisas andarem. E os impactos disso podem ser devastadores no médio e longo prazo.

The The Standish Group publicou um relatório chamado The Chaos Report que mostra que apenas 30% de todos os projetos de TI atingem seus objetivos dentro do prazo de entrega e custo estimados. O que acontece com os outros 70% e até quando a empresa conseguirá arcar com projetos falhos?

Mesmo que exista uma resistência momentânea em alocar profissionais de TI e as figuras de Citizen Developer em uma mesma sala, é preciso unir as forças para alcançar resultados melhores e que venham a beneficiar verdadeiramente a empresa. 

E se a empresa ganha, todos ganham!

No-code x Low-code: como funciona o trabalho do Citizen Developer?

O trabalho do Citizen Developer funciona da seguinte forma. São usadas tecnologias No-code e Low-code para criar, desenvolver softwares ou qualquer outra aplicação que usualmente requer o uso de códigos. 

As plataformas No-code podem ser manuseadas por qualquer pessoa, de qualquer departamento, para desenvolver as soluções. No caso dessa tecnologia, ela é completamente livre de códigos. Então, a criação pode ser desenvolvida do zero, pois as ferramentas já incluem modelos prontos e fáceis de serem customizados.

Já as plataformas Low-code são categorizadas pelo desenvolvimento em baixa programação. Ou seja, permitem a criação com poucos códigos, o que requer um pouco de conhecimento técnico e experiência prévia na área para desenvolver as aplicações.

A tarefa que vai demandar mais tempo da empresa, nesse ponto, será instruir esses profissionais para que saibam acessar as soluções e dar o primeiro passo.  

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O que a empresa tem a ganhar com a figura do Citizen Developer

Otimizar o trabalho e a entrega dos projetos é a principal vantagem de ter um Citizen Developer no time de TI. Mas os benefícios não se resumem unicamente a isso. Esse diferencial faz com que outras vantagens surjam, desde ganhos financeiros até o aumento de competitividade.

Por exemplo, a empresa não vai mais precisar perder horas pesquisando ou recrutando novos especialistas em tecnologia. Poderá direcionar integrantes que já compõem o próprio quadro de funcionários para aprender a manusear as plataformas e assumir demandas mais simples e que tomam tempo dos desenvolvedores.

A empresa também não precisará mais se preocupar em desembolsar grandes quantias para trazer especialistas novos para dentro da equipe de TI. Poderá remunerar melhor os Citizen Developer, pois estes estarão assumindo novos trabalhos, e com isso acaba valorizando o próprio time interno.

Além disso, a empresa também será capaz de garantir uma maturidade digital mais rápido. Afinal, todos os seus integrantes estarão envolvidos nos processos de desenvolvimento da TI, e não só em outras áreas. 

O acesso mais rápido aos profissionais também possibilitará que os líderes priorizem tarefas importantes, deixando as atividades mais complexas para os desenvolvedores, enquanto os Citizen Developer assumem as responsabilidades menos urgentes, mas que sobrecarregam o departamento de TI.   

Melhor alocação de recursos. Ganhos em produtividade. Valorização do time interno. Otimização de tarefas. Entregas rápidas. Maturidade digital. Competitividade. Os benefícios são inúmeros!

Não há dúvida que os Citizen Developer podem desempenhar um papel de peso no departamento de TI e potencializar os resultados. Resta saber, agora, quais líderes querem usar dessa força para garantir uma entrega mais rápida dos projetos, entre outros benefícios acima. 

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