A atenção a experiência do usuário nos dias de hoje é uma prioridade e tem grande influência nos bons resultados de projetos e iniciativas digitais.
Estudos de comportamento da área de UX Design são cada vez mais importantes para entender padrões nas interações de usuários de determinados nichos de mercado afim de elaborar estratégias para entregar a melhor experiência independente do objetivo final.
O ideal é que as boas práticas e a implementação das estratégias de UX Design sejam consideradas no início do projeto, e que acompanhem todas as ações e a otimização e os estudos sejam contínuos.
Nesse artigo vamos responder a você quando inserir um profissional UX Designer em uma iniciativa, projeto ou produto para garantir os melhores resultados. Acompanhe o conteúdo e aproveite a leitura!
UX Design no processo de criação
Em Design de Experiência das Pessoas Usuárias, trabalha-se inicialmente com a etapa de descoberta de produto – também conhecido como discovery ou mesmo workshop de criação -, e normalmente esse é o primeiro passo de uma iniciativa a fim de explorar qual a melhor solução a oferecer.
Alguns dos estudos que utilizamos para dar base a essas descobertas são Design Thinking e Duplo Diamante, que exploram dinâmicas de facilitação de forma adaptável a cada cenário, mas tendo ainda assim uma linha de raciocínio a ser seguida, conforme imagem abaixo.
Fonte: NogDesign / Design Council.
A pessoa UX, em conjunto com a pessoa PO, ajusta as melhores dinâmicas para a etapa de descoberta, de acordo com a ideia inicial de uma iniciativa.
É possível então coletar informações riquíssimas para a continuidade das atividades de UX Design.
Como no post anterior, digo que não apenas fazemos telas, mas também pesquisas e outros estudos. Logo, é preciso entender o cenário do cliente, criar dinâmicas específicas para a descoberta e dar base para nossas pesquisas.
Aqui vai um exemplo: para fazer um teste de usabilidade de protótipos, é preciso saber quem são as pessoas usuárias, seu perfil, comportamento e contexto.
Para isso, já sugerimos ter as dinâmicas como Mapa de Empatia ou Personas e Jornada das Pessoas Usuárias na descoberta.
Inclusive, a Jornada é uma dinâmica que auxilia no descobrimento de possíveis lacunas entre as tarefas que podem ser uma oportunidade de negócio para inserirmos em nossa solução sugerida ao cliente, agregando especialmente na dinâmica do Brainstorm de Funcionalidades.
Outro ponto importante é a Matriz “Certezas, Suposições e Dúvidas”, ou CSD.
Nela, a equipe insere todas as informações pertinentes à solução e já compila e sana dúvidas com o cliente logo no início da iniciativa.
Dessa forma, havendo a participação da pessoa UX Design nessa etapa, há menor risco de ter dúvidas importantes sobre a iniciativa, mesmo que não seja especificamente sobre design de interfaces ou identidade visual.
Além disso, devo citar um exemplo que amo inserir em qualquer iniciativa, o storytelling.
Cada cliente tem o seu universo, um mercado, culturas, etc. Isso permite-nos explorar e inserir esse contexto já na etapa de descoberta, para permitir às pessoas clientes sentirem-se mais seguras, provocando um maior engajamento, gameficação e uma maior confiança no time.
Um exemplo de aplicação do storytelling é utilizar uma comunicação escrita e até mesmo ilustrações nos quadros das dinâmicas referentes ao mercado estudado.
Outro é utilizar um roteiro específico para os testes de usabilidade com o nome das personas criadas nas dinâmicas, deixando a solução mais memorável e o trabalho ainda mais organizado e alinhado.
Mas, apesar de todas essas teorias e aplicações, o grande segredo é haver uma relação harmônica entre a pessoa UX e a pessoa PO, compreendendo que cada um possui uma experiência e especialidade.
Elas são mais fortes quando unidas e enriquecem o trabalho produzido. Isso não apenas na etapa de descoberta, mas como um todo na iniciativa.